Abstract

Este artigo analisa o tema da maternidade e a figura da mãe enquanto sinédoque da nação nos seus parâmetros geográficos, religiosos e políticos (incluindo aspectos de política sexual) em várias obras da literatura portuguesa desde Gil Vicente até ao presente, dedicando especial atenção às novelas "A Dama Pé de Cabra" de Alexandre Herculano e Fascinação de Hélia Correia e Os Maias de Eça de Queirós. A análise desenvolvida concentra-se na dinâmica resultante da bissectriz entre os pelouros do público e do privado na vida de famílias e da nação, e propõe serem certas pressuposições acerca de categorias éticas (Bem e Mal, Deus e Demónio, amigo e inimigo, amor e pecado) questionadas pelos autores dentro do contexto histórico-religioso e emocional das narrativas em questão.

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