Abstract

Abstract:

In 1871, the revolutionary Portuguese poet Antero de Quental and his Geração de 70 compatriots Eça de Queirós, Oliveira Martins, and others organized the Democratic Casino Conferences in Lisbon, building upon progressive issues from the polemical Questão Coimbrã in 1865. This public lecture series challenged the Portuguese government and condemned the backward Portuguese society and its cultural elite. After five of ten scheduled lectures, the conservative government banned the events, yet their influence would be felt throughout the Iberian Peninsula for decades. This article illuminates Quental’s legacy as a poet, philosopher, and spiritual leader of his Iberian generation. It explores critical commentaries in the early 1880s by renowned Spanish writers Leopoldo Alas (nicknamed Clarín) and Juan Valera, who foregrounded Quental’s spiritual poetry as a potential solution for what they viewed as the paucity of socially-engaged verse in Spain. Their reviews pointed to Quental as a prophet of what Valera called a poetic nueva religión that could guide Iberians facing impending fin-de-siècle literary and sociopolitical crises.

Abstract:

No ano de 1871, o poeta revolucionário português Antero de Quental e seus compatriotas da Geração de 70, Eça de Queirós e Oliveira Martins, entre outros, organizaram as Conferências Democráticas do Casino, em Lisboa, dando prosseguimento ao debate sobre temas progressistas da polêmica Questão Coimbrã, em 1865. Este evento público denunciou o governo e a sociedade portuguesa, mas após cinco das dez palestras planejadas, o governo conservador suprimiu o evento. Porém, os eventos teriam influência na Península Ibérica por décadas. Este artigo ilumina o legado de Quental como poeta, filósofo e líder espiritual de toda uma geração ibérica, analisando a obra dos escritores renomados, Leopoldo Alas (conhecido como Clarín) e Juan Valera, no início da década de 1880. Em suas críticas, eles elevaram a poesia de Quental como uma possível resposta para o que eles interpretaram como a falta de engajamento social na poesia espanhola. O trabalho destes críticos espanhóis alçou Quental ao nível de profeta do que Valera chamou de uma nueva religión que guiaria os ibéricos ante as crises iminentes do fin-de-siècle.

pdf