Abstract

Abstract:

This essay considers the roles of sound in racialization processes in late nineteenth-century Salvador da Bahia as evidenced in the work of Raimundo Nina Rodrigues (1862–1906). While his work is frequently situated in discussions of Afro-Brazilian culture, eugenics, and scientific racism, this discussion asks how the specific sonic spectrum of the behaviors and practices considered through his work shaped listening practices in the context of medical criminology. The discussion returns to reported cases of dancing manias in Salvador and other parts of Northeastern Brazil that were disruptive enough to warrant the creation of a special report to the Emperor. Nina Rodrigues would return to this and similar reports as a point of departure for the consideration of more general relationships between sound, consciousness, and sociability. Through a discussion and analysis of his case study of a young Afro-Brazilian woman apparently named Fausta, this essay, furthermore, draws comparisons between the Bahian doctor's clinical approaches and those of the French neuropathologists with which he sought dialogue.

Abstract:

Este ensaio considera as funções do som nos processos de racialização em Salvador da Bahia, no final do século XIX, como evidenciado no trabalho de Raimundo Nina Rodrigues (1862–1906). Embora seu trabalho seja frequentemente citado em discussões sobre a cultura afro-brasileira, a eugenia e o racismo científico, este trabalho pergunta como o espectro sônico específico dos comportamentos e práticas que ele estuda moldou práticas de escuta no contexto da criminologia médica. A discussão retorna aos casos relatados de dançomanias em Salvador e outras partes do Nordeste do Brasil que eram suficientemente perturbadoras para justificar a criação de um relatório especial ao Imperador. Nina Rodrigues retornaria a estes casos como um ponto de partida para a consideração de relações mais gerais entre o som, a consciência e a sociabilidade. Através de uma discussão e análise de seu caso de estudo de uma jovem mulher afro-brasileira aparentemente chamada Fausta, este ensaio faz comparações entre as abordagens clínicas do médico baiano e as dos neuropatologistas franceses com as quais ele procurou dialogar.

pdf