Abstract

Abstract:

This article explores questions of decolonization, in part through analyzing Belgium's Africa Museum. Bernal considers the role of academia and knowledge production, as well as the technological developments that may create new concentrations of power faster than decolonial projects can dismantle established hierarchies. She concludes that decolonization must address material questions of reparations and restitution, and that digital media have been transformative in ways that bring northern models of social existence closer to African ones. Having lived under colonizers, despots, and states of exception, Africans bring important knowledge and experience to twenty-first-century global struggles.

Résumé:

Cet article explore les questions de décolonisation, en partie grâce à l'analyse du Musée de l'Afrique en Belgique. Bernal considère le rôle du monde universitaire et de la production de connaissances, ainsi que les développements technologiques qui peuvent créer de nouvelles concentrations de pouvoir plus rapidement que les projets de décolonisation ne peuvent démanteler les hiérarchies établies. Elle conclut que la décolonisation doit aborder les questions matérielles de réparations et de restitution et que les médias numériques ont été transformateurs de manière à rapprocher les modèles d'existence sociale du Nord de ceux de l'Afrique. Ayant vécu sous les colonisateurs, les despotes et les États d'exception, les Africains apportent un savoir et une expérience importante aux luttes mondiales du XXIe siècle.

Resumo:

Este artigo debruça-se sobre temas relacionados com a descolonização, em parte através da análise do Museu Real da África Central, na Bélgica. Bernal analisa o papel desempenhado pela academia e pela produção de conhecimento, bem como os desenvolvimentos tecnológicos, que são capazes de criar novas concentrações de poder mais depressa do que os projetos de descolonização conseguem desmantelar as hierarquias estabelecidas. A autora conclui que a descolonização tem de abordar as questões materiais das reparações e da devolução de bens, e que os media digitais exerceram uma ação transformadora que coloca os modelos de existência social do norte mais próximos dos modelos africanos. Tendo vivido sob regimes coloniais, déspotas e estados de exceção, os africanos são uma importante fonte de conhecimento e de experiência para enfrentar as lutas globais do século xxi.

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