Abstract

Resumo:

A escritora Emi Bulhões Carvalho da Fonseca, bastante conhecida no Brasil entre 1940 e 1970, teve sua obra negligenciada, por décadas, pela crítica literária e pelos grupos editoriais. Este trabalho aborda o protagonismo feminino da autora, uma mulher branca, de classe alta, bem como a questão da mulher negra conforme representada em sua narrativa. São analisados dois contos de sua coletânea No silêncio da casa-grande: “No silêncio da casa-grande,” situado nos anos da escravidão no Brasil, e “Eva Preta,” que retrata a situação de um empregada doméstica negra no período pós-abolição. Os dois contos compartilham o retrato da mulher negra em espaço doméstico dominado pelos brancos. O ensaio analisa como Emi Bulhões aborda a individualidade das protagonistas negras marginalizadas e como ela dialoga com uma visão paternalista em relação ao negro, dominante na época da publicação dos contos.

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