-
O dia 8 de junho de 1931 em São Paulo: A Experiência nº 2, de Flávio de Carvalho, como emblema de um modernismo outro
- Luso-Brazilian Review
- University of Wisconsin Press
- Volume 55, Number 2, 2018
- pp. 36-58
- Article
- Additional Information
- Purchase/rental options available:
Abstract:
Este artigo pretende focar a obra do vanguardista Flávio de Carvalho como uma das possibilidades de edificar, na altura, e de considerar, na atualidade, um modernismo outro: mais cosmopolita, inconveniente e libertário do que aquele que corresponde à visão consensual e excludente do Modernismo Brasileiro tout court. Para tal, por um lado, procede-se a uma análise avaliativa das especificidades e dos contributos da heterodoxa e (auto)indagatória Experiência nº 2 (1931) do criador paulista, no entrecruzamento interartístico, na hibridação genérica e na prévia ação performática que a gera. Por outro lado, é examinada a enciclopédia cultural do pensum psicológico e antropológico que alicerça essa ação-ensaio experiencial, o modo plástico-interventivo dada-ísta, expressionista e surrealista a que obedece e, finalmente, a crítica feroz dos determinismos implícitos, da dominação simbólica e do ritualismo impositivo que ela apresenta.
Abstract:
This article focuses on the work of the avant-garde artist Flávio de Carvalho that was seen at the time as one of the possible ways to build another kind of modernism and that is at the core of this present study: a different kind of modernism that would be more cosmopolitan, more inconvenient and more libertarian than that which corresponded to the consensual and cliquish ideas found in Brazilian Modernism tout court. I carry out, on the one hand, an evaluative analysis of the specificities and the contributions of this São Paulo artist's unorthodox and (self) questioning Experiência nº 2 (1931), at the crossroads of different art forms, generic hybridization and the performance acts that it generates. On the other hand, I also examine the cultural encyclopaedia of the psychological and anthropological pensum that lies behind this experiential action-test, the Dadaist, expressionist and surrealist plastic-interventionist mode it obeys, and finally, the fierce criticism that contains implicit determinisms, the symbolic domination and the taxing ritualism.