Abstract

O projeto maior em que esta investigação se insere visa recuperar e examinar criticamente os discursos literários e culturais que articulam a existência de mulheres que amam mulheres e traçaram os contornos das identidades lésbicas nas primeiras décadas do século vinte português. Centrado na leitura do romance La quinta de Palmyra, de Ramón Gómez de la Serna, cuja ação decorre inteiramente em Portugal, o artigo procura também ampliar e corrigir a visão estabelecida das relações literárias luso-espanholas na época modernista e das próprias coordenadas constitutivas daquilo que conhecemos como “Modernismo português,” em particular no que diz respeito às relações de género e à representação do protagonismo cultural feminino no cânone histórico literário vigente.

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