Abstract

A afirmação da grandeza de tudo o que constitui a natureza, e a necessidade de nos concebermos numa relação de igualdade e respeito em relação a ela, é o tema dos Contos da Mata dos Medos. Nesta série de quatro narrativas, publicada entre 2003 e 2010, Álvaro Magalhães concilia o seu modo de ver a infância com ética animal, ecologia e consciência ambiental. O autor, partindo de personagens-animais que ilustram a biodiversidade de uma área do litoral do concelho de Almada (distrito de Lisboa), celebra a natureza e convida-nos a assumir perspectivas e comportamentos ecocêntricos. O Coelho, o Ouriço, o Chapim, a Toupeira, a Coruja ou o Caracol não têm como única função explicar o Homem. Estes animais aparecem-nos como seres que têm a sua dignidade própria e direito à vida como qualquer ser humano. Dotados de características próprias, eles procuram sobreviver num ambiente natural que lhes satisfaz todas as necessidades biológicas e oferece todos os bens materiais e espirituais, mas que, por ação do Homem, pode ser profundamente hostil.

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