Abstract

Com ênfase nos dois primeiros livros de Manuel Bandeira (1886–1968), este ensaio analisa como sua poesia participa de uma tradição mística, dialogando ao mesmo tempo com textos de autores espanhóis quinhentistas e com uma cultura oral sertaneja contemporânea. Explorando matrizes teóricas ligadas ao estudo do misticismo, incorporando pesquisas feitas em arquivos relacionados ao poeta, e situando estas reflexões dentro da crítica sobre Bandeira, examina-se como seus poemas adotam e subvertem uma série de convenções místicas, produzindo uma espécie de misticismo peculiarmente brandeiriano e moderno.

pdf