Abstract

Este artigo considera as conexões entre blues e bossa nova, pouco reconhecidas na literatura sobre bossa nova, mas muito importantes para o desenvolvimento do estilo. Analisando as gravações do circuito samba-jazz em Copacabana nas décadas de 1950 e 1960, o artigo traz à luz uma prática de blues, tanto na estrutura de doze compassos como na utilização da escala blues como matéria de improviso, bastante comum naquela época. O artigo explica o papel de figuras-chave como Booker Pittman, Moacir Santos e Paulo Moura na transmissão da influência dos blues no Rio de Janeiro, e os efeitos dessa influência na bossa nova. O artigo termina com uma consideração sobre mudanças recentes no mercado cultural que têm possibilitado um entendimento mais profundo do fenômeno "bossa-blues."

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