Abstract

Este artigo estuda os aspectos particulares que caracterizaram as relações de Pierre Verger (1902-1996) com seus informantes da comunidade Agudá do Daomé (atual República do Benin). Através do estudo de suas notas de pesquisa e da correspondência mantida com estes informantes, o artigo mostra como tais relações foram cruciais para seu trabalho e em que medida exerceram um impacto no desenvolvimento dos contatos entre as duas regiões, historicamente interligadas pelo tráfico atlântico de escravos. O artigo mostra que apesar da influência de sua posição econômica e social e dos questionamentos suscitados por suas intervenções, Verger mostrava um zelo incansável por seus informantes que por sua vez acabou também se tornando um informante crucial para os descendentes de africanos na Bahia e para os descendentes de brasileiros no Benim.

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