Abstract

This article examines how music and mass media contribute to the production of the northeast region of Brazil as a nostalgic space in the national imaginary that is distanced from modern national identities. It focuses on the televised images and sounds of two groups from the semi-arid interior city of Arcoverde, Pernambuco: Samba de Coco Raízes de Arcoverde, marked as traditional, and Cordel do Fogo Encantado, marketed as a rooted cosmopolitan sound. It traces how both groups face an idiosyncratic play of social inclusion and social exclusion, as being celebrated as the symbolic essence of a region does not necessarily translate into the material benefits of full cultural citizenship. Cordel and Coco Raízes have made progress in their efforts to proliferate more nuanced contemporary narratives of the music of the northeast. Yet, as their audience broadens, both continue to find themselves ensnared in the very discourses of folkloric tradition that they seek to transform.

Abstract

Este artigo examina a contribuição da música e da mídia à produção do nordeste do Brasil como um espaço de saudades no imaginário nacional, distanciado da brasilidade contemporânea. Enfoca-se nas imagens e nos sons televisados de dois grupos musicais do sertão de Arcoverde, Pernambuco: Samba de Coco Raízes de Arcoverde, marcado como música tradicional e regional, e Cordel do Fogo Encantado, divulgado como uma banda simultaneamente cosmopolita e enraizada. O artigo analiza como os dois grupos enfrentam um jogo instável entre a inclusão social e a exclusão social, pois serem celebrados como a essência de uma região não necessariamente coincida com os benefícios materiais da plena cidadania cultural. Cordel e Coco Raízes, com seus esforços, têm conseguido abrir um espaço para divulgar narrativas mais sutis sobre a música do nordeste. Porém, à medida que os públicos dos dois grupos vão crescendo, os dois continuam achar-se enjaulados nos próprios discursos das tradições folclóricas que eles tentam transformar.

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