-
História e historiadores da música popular no Brasil
- Latin American Music Review
- University of Texas Press
- Volume 28, Number 2, Fall/Winter 2007
- pp. 271-299
- 10.1353/lat.2007.0029
- Article
- Additional Information
- Purchase/rental options available:
Esse artigo pretende examinar de modo crítico o conjunto das obras de autores como Vagalume, Alexandre Gonçalves Pinto, Orestes Barbosa, Mariza Lira, Edigar de Alencar, Jota Efegê, Almirante e Lúcio Rangel como a "primeira geração de historiadores da moderna música urbana." Essa geração, nascida na passagem dos séculos XIX e XX, além dos registros da memória e dos eventos culturais, também reuniu, organizou, compilou, arquivou e, sobretudo, "inventou uma tradição" na nossa cultura/música popular que permanece viva e é difundida até hoje. Na realidade, eles tornaram-se seus únicos historiadores, pois, na época, tanto para os historiadores de ofício como para os intelectuais preocupados com a preservação e difusão da cultura nacional, a música popular urbana não tinha nenhuma relevância cultural ou social.
This article aims to critically examine the group of works by authors such as Vagalume, Alexandre Gonçalves Pinto, Orestes Barbosa, Mariza Lira, Edigar de Alencar, Jota Efegê, Almirante and Lúcio, the "first generation of historians of modern urban music." This generation—born at the turn of the 20th century—besides keeping record of memory and cultural events, gathered, organized, compiled, filed and, most of all, "created a tradition" in our popular culture/music that remains alive and is still diffused today. Actually, they were the only historians of popular music/culture, for those days neither professional historians nor intellectuals concerned with conserving and disseminating national culture thought popular urban music had any cultural or social relevance whatsoever.