Abstract

abstract:

In the past two decades, China's economic presence in Latin America has attracted considerable attention from the scholarly and policy-making community (Fung and Garcia Herrero 2014, Gallagher 2016, Myers and Wise 2016). This presence, however, only reveals part of a wider set of relations that have been developing between Chinese and Latin American actors. We draw on the literature on strategic partnerships (Grevi, 2010; Holslag, 2011; Wilkins, 2012) to shed more light on these ongoing interactions and to focus on an emerging, yet largely unnoticed, area of increasing cooperation between China and Latin America, that of military and defense cooperation (Ellis, 2012; 2016). Our analysis is centered on China's interaction with Brazil in these specific sectors and our research is based on primary sources such as diplomatic communication, Brazilian and Chinese media reports, and official documents as well as semi-structured interviews with policy makers and academics.

resumen:

Nos últimos vinte anos, a presença econômico-comercial da China na América Latina tem atraído considerável atenção da comunidade de acadêmicos e tomadores de decisão (Fung and Garcia Herrero 2014, Gallagher 2016, Myers and Wise 2016). No entanto, isso só revela parte da ampla gama de relações que vêm-se desenvolvendo entre atores chineses e latinoamericanos. Como forma de melhor entender essa dinâmica, recorremos à literatura sobre parcerias estratégicas, para analisar uma nova, e ainda pouco conhecida, área de interação entre China e América Latina: a cooperação em defesa (Ellis 2012, 2016). Nossa análise baseia-se em fontes primárias, tais como expedientes diplomáticos, reportagens da mídia brasileira e chinesa, documentos oficiais e entrevistas com pesquisadores e funcionários públicos. Investigamos os acontecimentos domésticos no campo de defesa nos dois países e abordamos as origens, os desenvolvimentos e os desafios associados a essas iniciativas. Nossas pesquisas mostram que, apesar das diferenças políticas e sociais, Brasil e China conseguiram estabelecer uma parceria de sucesso. Abordamos uma série de iniciativas de cooperação em defesa desde os anos de 1980 e analisamos como a relação bilateral tem-se desenvolvido desde então, tornando-se mais institucionalizada a partir dos anos 2000. Ao mesmo tempo, examinamos criticamente algumas dessas iniciativas, debatemos as limitações existentes e refletimos sobre os interesses geopolíticos que motivam os dois países. Concluímos tecendo possíveis cenários para o futuro da cooperação Brasil--China em defesa e sugerindo maneiras de fortalecer a relação.

pdf

Share