Abstract

Abstract:

This article compares the figure of the sertanejo in Graciliano Ramos’s novel, Vidas secas (1938), and one of Euclides da Cunha’s essays on the Brazilian Amazon, “Judas Ahasverus” (1909), via the analysis of his body in conflict as a trope that mimics the national modern crisis that extends in time and space. Although these particular texts have never been placed into dialogue with each other, parallels between Vidas secas and da Cunha’s earlier work, Os sertões (1902), have already been drawn by critics such as Antonio Candido and Leopoldo Bernucci. However, da Cunha’s essays on the Amazon, such as “Judas Ahasverus,” are in themselves considered to be a sequel of Os sertões. Therefore, this article broadens the existing dialogue between da Cunha’s narratives and Vidas secas, exploring not only how these literary paths cross through the image of the sertanejo, but how this body in conflict furthers our understanding of modernity in Brazil.

Abstract:

Este artigo compara a figura do sertanejo no romance de Graciliano Ramos, Vidas secas (1938), e em um dos ensaios de Euclides da Cunha sobre a Amazônia brasileira, “Judas Ahasverus” (1909), através da análise do seu corpo em conflito enquanto um tropo que mimetiza a crise nacional moderna que se estende no tempo e no espaço. Embora esses textos específicos nunca tenham sido colocados em diálogo, paralelos entre Vidas secas e o trabalho anterior de da Cunha, Os sertões (1902), já foram feitos por críticos como Antonio Candido e Leopoldo Bernucci. No entanto, os ensaios de da Cunha sobre a Amazônia, como “Judas Ahasverus,” são considerados em si uma sequência d’Os sertões. Assim, este artigo amplia o diálogo existente entre as narrativas de da Cunha e Vidas secas, explorando não somente como esses caminhos literários informam a imagem do sertanejo, mas como este corpo em conflito favorece a nossa compreensão da modernidade no Brasil.

pdf