Abstract

O presente artigo busca responder a seguinte questão: quando confiar é bom? Diversas pesquisas têm se debruçado sobre o fenômeno da desconfiança, estudando suas causas e efeitos para o regime democrático. Porém, pouca coisa foi explorada em relação ao fenômeno contrário, o da confiança. Nosso argumento é que confiar é bom quando duas condições são satisfeitas: a existência de um contexto institucional que justifique a confiança e um ambiente informacional adequado. Para justificá-lo, utilizamos dados de uma pesquisa sobre um projeto de socialização política no Brasil, o Parlamento Jovem. Trata-se de um quase experimento, com pré-teste, pós-teste e grupo de controle, realizado em Minas Gerais em 2008. A conclusão é que mediante um intenso fluxo informacional, os participantes do projeto adquiriram maior conhecimento a respeito do processo de desenvolvimento institucional da Assembleia Legislativa Mineira, passando, então, a confiar mais nela. Mediante esse quadro, pode-se dizer que confiar é bom.

Abstract

This article aims to answer the following question: When is it good to trust political institutions? Several studies have addressed the phenomenon of distrust and studied its causes and effects on democracy. However, very little has been said about the opposite phenomenon, trust. We argue that trust is good when two conditions are met: the existence of an institutional context that justifies trust, and an adequate informational environment. We use data from a study about a program of political socialization in Brazil, the Youth Parliament in Minas Gerais State, 2008. The study was conducted as a quasi experiment with a pretest, a posttest, and control group. We conclude that through intense informational flow, the participants have increased their trust and acquired greater knowledge about Minas Gerais’s Legislative Assembly.

pdf

Share