Abstract

resumo:

Este artigo avalia as repercussões do movimento mangue no panorama regional, nacional e internacional vinte anos após a sua explosiva decolagem. Também faz uma comparação entre o mangue e a poesia da primeira geração do modernismo brasileiro, sobretudo no que diz respeito à “antropofagia” de Oswald de Andrade e à “simultaneidade” de Mário de Andrade. Nos manifestos dos dois movimentos se encontram várias propostas semelhantes, como a desestabilização das hierarquias entre centro e periferia, o primitivismo e a subversão da história oficial, entre outras. O mangue, porém, vai além de binários básicos que opõem o nacional contra o global (ou Norte contra Sul) para oferecer uma cosmovisão mais coletiva e universal que contesta ainda mais a exclusão social, a violência e o desenvolvimento não-sustentável, dentro e fora do Brasil.

abstract:

This article examines the repercussions of Recife’s “Manguebeat” musical and cultural scene regionally, nationally, and internationally twenty years after the movement’s explosive takeoff. It also compares and contrasts mangue with the poetry of the first generation of Brazilian modernismo, especially in regard to Oswald de Andrade’s notion of anthropophagy and Mario de Andrade’s concept of simultaneity. The manifestos of each movement express similar concerns, such as destabilizing the hierarchies of center and periphery, primitivism, and the subversion of official histories, among others. More than modernism, however, mangue goes beyond basic binaries that oppose the national to the global (or north against south) to offer a more collectivist and universal worldview even more critical of social exclusion, violence, and unsustainable development within Brazil and without.

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