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Jorge Amado: A militância das letras
- Latin American Research Review
- Latin American Studies Association
- Volume 51, Number 1, 2016
- pp. 181-197
- 10.1353/lar.2016.0009
- Article
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Este artigo examina a atuação do escritor Jorge Amado como redator chefe no jornal literário Dom Casmurro (1937–1946). Conhecido e consagrado por sua produção literária iniciada ainda em 1931, o escritor baiano também foi figura atuante na vida política e cultural nacional. Embora estudiosos considerem a importância de Jorge Amado como literato e militante neste período, a atuação em Dom Casmurro tem recebido pouca atenção. Ao assumir em 1939 a redação deste periódico, num momento marcado por perseguições e censura do Estado Novo, Jorge Amado já militava no Partido Comunista além de ter publicado seis romances de sucesso. Por sua vez Dom Casmurro se constitui em um relevante periódico de literatura e cultura, desenvolvendo em suas páginas intenso debate sobre qual era efetivamente seu papel. Era ele veículo de expressão literária ou representante de uma determinada corrente política? Interessa neste artigo compreender as tensões que marcaram as relações entre os intelectuais, a imprensa e a política durante o Estado Novo através deste jornal e da atuação de Jorge Amado.
Este artículo examina la actuación del escritor Jorge Amado como redactor jefe en el periódico literario Dom Casmurro (1937–1946). Conocido y consagrado por su producción literaria iniciada todavía en 1931, el escritor de Bahía también fue una persona actuante en la vida política y cultural de Brasil. A pesar de que los estudiosos relevan la importancia de Jorge Amado como literato y militante en este período, la actuación en Dom Casmurro ha recibido muy poca atención. Al asumir en 1939 la redacción de este periódico, en un momento marcado por persecuciones y censura del Estado Novo, Jorge Amado ya militaba en el Partido Comunista, aparte de haber publicado seis romances de éxito. Por su parte, Dom Casmurro se constituye en un importante periódico de literatura y cultura, desarrollando en sus páginas intensos debates sobre cuál era realmente su papel en ese momento. ¿Él era un vehículo de expresión literaria o representante de una determinada corriente política? Interesa en este artículo comprender las tensiones que marcaron las relaciones entre los intelectuales, la prensa y la política durante el Estado Novo a través de este periódico y la actuación de Jorge Amado.
