Abstract

A pesquisa sobre brasileiros de ascendência imigrantista ajuda-nos a entender questões amplas de raça e etnicidade. Ao dizer isso, eu tomo uma posição diferente da maioria das pesquisas onde os brasileiros nessa categoria são definidos como não normativos. A abordagem tradicional vem do uso linguístico no Brasil das categorias “imigrante” ou “estrangeiro” como ancestral ou herdado, como uma definição que pode ser aplicada mesmo para brasileiros nativos. Esse artigo, porém, muda o paradigma por não criar uma categoria única para pessoas nascidas no Brasil e pessoas nascidas fora do país. Fazendo essa distinção, posso analisar como e porque pessoas se representam e são vistos como “imigrantes” ou “estrangeiros” numa maneira situacional. Assim podemos lembrar que cidadãos brasileiros, independente da linguagem associada à sua descendência, são brasileiros.

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